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Bienal em casa destacará trabalho de artistas negras e negros

Ao longo do mês de novembro, a série de newsletters Bienal em Casa destacará o trabalho de artistas negras e negros que fazem parte da história das exposições da Bienal de São Paulo como uma forma de conhecer outras imagens e construir narrativas que essa produção imprime sobre a maior exposição internacional de arte contemporânea do país, que completa 70 anos em 2021.


As páginas do Twitter e do Instagram da Bienal em Casa ampliarão esse repertório, e, neste último canal, divulgarão ainda produções de artistas africanos e afrodiaspóricos no campo cultural e das artes como um todo.




Saiba mais sobre a homenagem realizada em 1996 ao Mestre Didi:


A 23ª Bienal de São PauloA desmaterialização da arte no final do milênio (1996) homenageou o Mestre Didi (Salvador, Bahia, 1917 – 2013) com uma sala especial. Mestre Didi foi um dos principais estudiosos da cultura africana e fundador da Sociedade de Estudos da Cultura Negra no Brasil e do Instituto Nacional de Tradição e Cultura Afro-Brasileira. Nascido em Salvador e criado no âmago do Ilê Axé Opó Afonjá, Didi era filho de Maria Bibiana do Espírito Santo, a Mãe Senhora, uma das mais importantes ialorixás do Brasil. Ela foi uma das grandes responsáveis pela legitimação do Candomblé como prática religiosa no país.


Em suas obras, Mestre Didi manipula materiais e formas, objetos e símbolos que expressam as entidades sagradas, unindo sua produção artística à sua prática religiosa como sacerdote. Ao utilizar, em suas esculturas, objetos sagrados do culto do Candomblé – como búzios, sementes, couro, nervuras e folhas de palmeira –, Mestre Didi realiza uma síntese expressiva do repertório coletivo da ancestralidade afro-brasileira.


No ensaio Bimestre Didi: tradição e contemporaneidade, disponível no catálogo da 23ª Bienal de São Paulo, sua esposa e antropóloga Juana Elbein dos Santos afirma: “Didi absorveu o significado das múltiplas relações do homem com seu meio ético, social e cósmico, absorvendo esses valores e modos desde sua infância. Suas obras carregam a experiência, o hálito, a respiração, dos mais antigos aos mais novos, de geração em geração. Condensando sua história pessoal e sua capacidade de transcender, Didi veicula intencionalmente, para além de sua própria vida, a energia mítica de sua trajetória iniciática. Suas obras têm o poder de tornar presente os fatos passados, de restaurar e renovar a vida; inscrevendo-se na vertente mitológica das artes, projetam uma energia poética de caráter universal.” Para saber sobre a 23ª Bienal de São Paulo, ver registros e posts clique aqui.


Por 23ª Bienal de São Paulo Adaptado por Sinapesp | Novembro 2020


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